terça-feira, julho 05, 2016

O suficiente, mas não demais!

Há dias, numa série televisiva que estava a ver, duas mulheres conversavam uma com a outra. A mais velha, tia da mais nova, queria antes de morrer saber como ia o noivado da sobrinha, a quem decidira deixar os seus bens. Queria saber se ela estava feliz.
E, entre sorrisos, estabeleceu-se  entre as duas o seguinte diálogo.
- gostas do teu noivo?
- claro que gosto, tia.
- mas gostas o suficiente ou gostas demais? É que é diferente.
- tia diga-me se o casamento nos dá, de facto, a felicidade?
A tia não chegou a responder-lhe, não teve tempo. Mas eu fiquei a matutar no que ambas, afinal, pareciam precisar saber. É que o amor, quando é excessivo, pode matar a felicidade...

HSC

sábado, junho 11, 2016

A honestidade


«Às vezes, quando uma pessoa não tem muito dinheiro agarra-se, mais do que nunca, à honestidade - porque só lhe resta mesmo isso. Pelo menos, continua a ser honesta. E, com a honestidade, dá-se uma coisa engraçada; não se pode ser mais ou menos honesto. Não há volta a dar-lhe. Ou se é honesto ou não se é.»

Esta frase retirada do livro de um autor que aprecio, Eric Knight, chama a nossa atenção para algo muito importante. Com efeito, se há matéria na qual não podem existir graduações, a honestidade é, seguramente das primeiras. Não é possível ser mais ou menos honesto, se-lo numas coisas e não o ser noutras. Aqui só há dois graus: ou se é honesto ou se é desonesto. Ponto final.
Que bom seria se todos nós tivéssemos na nossa vida pessoal ou profissional, consciência plena deste facto!

HSC

quinta-feira, maio 12, 2016

Parabéns Carlos do Carmo


Gosto imenso deste disco tão português e que foi criado como uma homenagem ao meu amigo Carlos do Carmo. Oiçam-na deliciados!

HSC

sábado, abril 30, 2016

Cumprir a promessa


Já aqui tenho falado da minha afeição por Valinhos, em Fátima, o local onde Nossa Senhora apareceu aos pastorinhos.
Estava combinada uma sessão de autógrafos nos respectivos CTT e eu havia prometido há muito tempo, que lá iria agradecer se um dia o meu filho saísse da política activa. Foi atendido o meu pedido e eu fui cumprir a minha obrigação. Com gosto, confesso já!
De caminho pude ter a alegria de comer na tia Alice e, como sempre faço, irromper pela cozinha e dar-lhe um abraço apertado.
A sessão - como se adivinha- foi exemplar. Os CTT são a empresa que melhor trata os meus livros e que mais me mima. Todas as sessões que fiz, e já foram muitas, deixaram-me saudades. 
O público que tenho merece todos os sacrificios que possa fazer em deslocações. São de uma ternura inexcedível e venho sempre com a alma lavada com as coisas que me contam. Eu não ambiciono ser conhecida pela escrita. Ela dá-me prazer, que é algo diferente. Mas ver nos olhos dos outros a ternura que me dedicam enche-me o coração e, se não tenho cuidado, viro piegas mesmo!

HSC

quarta-feira, abril 27, 2016

A arrogância de Constâncio


Não pertenço a nenhum partido mas confesso que me desagradou a arrogância revelada por Vítor Constâncio - actual vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e ex-governador do Banco de Portugal -, face ao pedido feito pelo PSD para que o responsável preste depoimento na comissão de inquérito parlamentar ao Banif.
É que, do meu ponto de vista, a resposta que ele deu ao jornalista que lhe colocou a questão, revela uma atitude de superioridade que nada justifica. E muito menos gostei de ouvir a explicação dada, de que só tem de responder perante o Parlamento Europeu e que até acompanha pouco o que se passa em Portugal…
Se o faz , não o devia ter dito, sobretudo em publico. É pena, porque as suas actuais funções não lhe retiram a nacionalidade, nem os deveres a que esteja submetido por via dela e das funções que exerceu…

Talvez fosse util haver uma alteração da legislação europeia, de modo a garantir que as instituições que interferem nas decisões internas dos Estados-membros tenham o "dever democrático" de dar satisfação plena aos pedidos de colaboração dos parlamentos nacionais.


HSC

sábado, abril 23, 2016

Quatro anos depois


Amanhã passarão quatro anos sobre a morte do meu filho Miguel. Posso afirmar, sem mentir, que não houve um só dia que começasse sem o saudar e o terminasse sem dele me despedir. Na minha casa as suas fotografias a sós e com o irmão, estão bem presentes. Vivo, aliás, rodeada dos meus, desde os bisavós aos netos que tenho.
Amanhã começarei o dia com uma missa em sua intenção, onde espero ter comigo o seu irmão e a sua irmã, juntamente com os amigos. Não vai ser um dia fácil, como aliás o de hoje também não será, porque me faz lembrar os últimos momentos da sua vida, que é a imagem mais atroz que até hoje presenciei.
O meu filho morreu com uma enorme dignidade e o que mais me custa é que tenhamos tido que a partilhar com o partido em que militava, o qual jamais permitiu que a sua morte fosse apenas um assunto de família. Embora me esforce por compreender que essa era uma parte importante da sua vida, é-me muito difícil aceitar que o Bloco se pudesse ter transformado numa espécie de segunda família...
Finalmente, decorrido o primeiro aniversário do seu desaparecimento, somos nós - eu e o irmão - que nesta matéria passámos a ocupar o lugar que nos cabe, decidindo do "como" e do "onde" a sua morte será relembrada. Desta vez será na Capela do Rato, na missa das 11:30, celebrada pelo Padre Tolentino de Mendonça.

HSC

quinta-feira, abril 21, 2016

Gosto de Gostar!


Aqui fica a capa do meu novo livro - linda! - para abrir o apetite nesta primavera que nunca mais aparece. GOSTO DE GOSTAR já está em pré venda na Wook e irá para as livrarias no dia 4 de Maio.
O lançamento, como é hábito, será no Corte Inglês, no dia 11 de Maio, às 18h30, e a apresentação estará a cargo da minha querida amiga Maria João Lopo de Carvalho.
Todos aqueles que quiserem aparecer serão muito bem vindos!

HSC