quinta-feira, dezembro 17, 2015

As manifestações de afecto


Há três dias fiz 800Km no espaço de 36 horas, para três sessões de autógrafos. Fui daqui ao Porto onde fiz duas sessões e depois fui do Porto à Guarda para mais uma sessão nos CTT que, como sempre, decorreu em ambiente de festa. Não me canso de louvar o trabalho de divulgação que esta empresa faz dos livros que vende. Até parece que sou accionista dos CTT!
Desta vez comoveu-me imenso a gente que encontrei. Uma senhora que perdera uma filha há dois dias, só queria perceber como eu tinha conseguido superar a partida do Miguel. Disse-lhe que ninguém supera essa dor, apenas aprende a viver com ela. E que essa aprendizagem - ao contrário do que muitos pensam - jamais está terminada. Começo o dia a olhar a foto do Miguel e termino a noite a despedir-me dele com um "até amanhã"!
Depois, tive tantos presentes - flores, requeijões, pão caseiro, enchidos - que, por umas semanas, a Guarda vai estar no meu palato e no meu coração. Finalmente os próprios CTT tinham preparado um lanche que me soube a manjar, porque não tinha conseguido almoçar e estava a morrer de fome. Mas era de facto um manjar com tudo o que de bom existe naquela zona, de onde, aliás, a minha família paterna é oriunda.
Vim com o coração cheio e mais de 300 exemplares assinados. Haverá alguma coisa melhor do que este calor humano, para compensar 800Km feitos debaixo de chuva e nevoeiro intensos?! 

HSC

3 comentários:

Anónimo disse...

Merece isso e muito mais!
Com as suas palavras toca o coração das pessoas e as suas palavras são para mim inspiradoras.
O seu livro já consta entre os presentes que estão ao redor da minha arvore, para oferecer à minha mãe.
Beijinho e grata por tudo o que nos dá.
Boas Festas
FL

Anónimo disse...

🌹🌹🌹

Anónimo disse...


Helena
Delicioso texto. Espero que as suas palavras tenham ajudado a senhora, como já ajudou outras com a sua filósofia de vida e força.
Presentes dados com carinho de quem a aprecia, que gosta de si.

Começo o dia a olhar a foto do Miguel e termino a noite a despedir-me dele com um "até amanhã"!

Impressionante como as dores são diferentes mas as acções são iguais. Fazia o mesmo com o meu pai, alías tenho uma foto na cozinha no lugar onde como estou a vê-lo. Já reparei que tenho os mesmos gestos que ele tinha enquanto comia, os genes são herdados não tenha dúvidas.Esta semana morreu o melhor amigo dele, um amigo que chamava mano.

Um abraço
Carla